O dólar abriu a quinta-feira (4) praticamente estável frente ao real, em um cenário econômico marcado pela divulgação de um Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro abaixo das expectativas e pela atenção voltada para os próximos passos do Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos.
Às 9h12, a moeda americana registrava uma leve queda de 0,14%, sendo cotada a R$ 5,3001 na venda. Esse movimento acontece em um ambiente de cautela, onde investidores digerem os dados mais recentes da economia brasileira e aguardam sinais mais claros da política monetária estadunidense.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o PIB do terceiro trimestre de 2025 cresceu apenas 0,1% em relação ao trimestre anterior. Apesar de indicar um crescimento, o resultado ficou aquém da expectativa de 0,2% do mercado, reforçando a percepção de um ritmo de expansão econômica mais lento. Na comparação com o terceiro trimestre de 2024, o PIB apresentou um avanço de 1,8%, superando levemente a projeção de 1,7%.
Apesar do resultado considerado fraco, o mercado demonstra alguma resiliência, buscando outros fatores que possam influenciar o câmbio. No radar internacional, as atenções se voltam para a possibilidade de cortes nas taxas de juros pelo Fed.
Bessent, importante nome do mercado financeiro, já manifestou publicamente a necessidade de que o Fed promova cortes nas taxas de juros. Essa expectativa exerce pressão sobre o dólar, uma vez que a redução das taxas nos EUA tende a diminuir a atratividade da moeda americana para investidores estrangeiros.
Além disso, os investidores aguardam a divulgação de novos dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos, que podem fornecer pistas importantes sobre a saúde da economia americana e, consequentemente, sobre as decisões do Fed em relação às taxas de juros.
O cenário é de incerteza, com a combinação de um crescimento econômico brasileiro moderado e a expectativa em torno da política monetária do Fed ditando o ritmo do mercado cambial.
Fontes:
Reuters
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br