O dólar iniciou a quarta-feira (3) em trajetória descendente frente ao real, refletindo um movimento global de enfraquecimento da moeda americana. Às 9h19, a divisa era negociada a R$ 5,3158 na venda, com uma queda de 0,22%. O cenário é influenciado por duas principais expectativas do mercado financeiro internacional: a escolha de um novo presidente para o Federal Reserve (Fed) com perfil “dovish” e a possibilidade de um novo corte nas taxas de juros americanas já na próxima semana.
Um chair “dovish” do Fed é visto como alguém mais propenso a manter uma política monetária expansionista, com juros baixos, para estimular o crescimento econômico, mesmo que isso possa gerar alguma inflação. Essa perspectiva diminui o atrativo do dólar como investimento, impulsionando sua queda em relação a outras moedas.
Adicionalmente, a expectativa de um novo corte de juros pelo Fed, que já vem adotando uma postura mais cautelosa em relação à inflação, reforça a tendência de desvalorização do dólar. Juros menores tornam os títulos do Tesouro americano menos atraentes para investidores estrangeiros, diminuindo a demanda pela moeda.
Na segunda-feira, o dólar à vista já havia fechado em baixa de 0,57%, cotado a R$ 5,3303. Para mitigar os efeitos da volatilidade cambial, o Banco Central (BC) agendou para as 11h30 um leilão de 50.000 contratos de swap cambial, visando a rolagem do vencimento de 2 de janeiro. Essa operação busca oferecer proteção aos investidores contra variações abruptas do dólar, contribuindo para a estabilidade do mercado.
O mercado acompanha de perto os desdobramentos da política monetária americana, buscando sinais que possam indicar a trajetória futura do dólar. A nomeação do novo chair do Fed e as próximas decisões sobre as taxas de juros serão cruciais para definir o rumo da moeda nos próximos meses.
Fontes:
Reuters
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